A psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa e mais comum do que se imagina: atinge em torno de 2% da população mundial. Existe um desequilíbrio no sistema imunológico: os linfócitos (células de defesa do organismo) ativam uma inflamação, que por sua vez estimula uma reação anormal nas células da pele, que passam a se multiplicar rápido demais.
Os sintomas mais comuns da psoríase são: placas na pele com vermelhidão e descamação esbranquiçada, mais frequentes na região dos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, e também alterações nas unhas. Em 30% dos casos, há dores articulares (artrite psoriática). Menos comumente existe acometimento oftalmológico. Existem outros tipos de manifestações cutâneas e para um diagnóstico e tratamento corretos é necessária a avaliação de um médico especialista.
A causa exata da psoríase não é conhecida, mas sabe-se que existe uma predisposição genética: 30% dos portadores têm histórico familiar. Também é frequente a associação com problemas cardíacos e doenças metabólicas (obesidade, diabetes e síndrome metabólica).
Há alguns fatores que podem influenciar no aparecimento da doença ou na sua piora. O consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo devem ser evitados, pois podem agravar a psoríase. O estresse, o tempo frio, infecções e o uso de alguns tipos de medicamentos (como alguns prescritos para pressão alta e malária) também são conhecidos como desencadeantes de crises.
Nos últimos anos houve grandes avanços na terapêutica. O tratamento se inicia com o uso de hidratantes específicos e exposição solar, que pode ser benéfica desde que com moderação. Existem diversos medicamentos de uso tópico (cremes, pomadas) e sistêmico (orais e injetáveis), que deverão ser escolhidos e indicados pelo médico de acordo com o quadro clínico de cada paciente.
Além do tratamento convencional, é muito importante manter uma alimentação balanceada, pois reduz o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos e metabólicos associados à psoríase.
Por se tratar de uma doença crônica, que pode evoluir em crises, é necessário acompanhamento médico contínuo para que possa ser controlada. E esse é um dos aspectos mais importantes no tratamento: constância e paciência. Nem sempre a melhora é rápida, mas é possível atingir bons resultados com o tratamento adequado. Cuidar do equilíbrio emocional faz parte do tratamento. Atividade física, meditação e terapia são ótimas opções para auxiliar no controle das tensões diárias e diminuem a probabilidade de ocorrerem crises associadas ao estresse.
É comum que os portadores sintam vergonha ou algum grau de constrangimento social, pessoal ou até mesmo tenham sintomas depressivos. As pessoas olham, perguntam, muitas vezes julgam pela aparência e têm medo do contato físico. Como trabalhar para combater esses sentimentos, aprender a aceitar e conviver com a doença? Para isso é preciso informação! Conversar com os profissionais especializados: médicos e psicólogos. Falar inclusive com outras pessoas que tenham psoríase, pois esse contato permite compartilhar os sentimentos e desenvolver atitudes positivas. Esclarecer que a psoríase não é uma doença contagiosa, informando parentes e amigos. É preciso falar sobre a psoríase, divulgar informação, para com isso poder acolher os portadores.
Quanto mais comum o assunto se torna, com menos receios e mais perto estaremos de eliminar o preconceito!
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